28 février, 2006

carnaval parisiense

Para quem estiver curioso em saber como se passa o carnaval em Paris, entre aqui.

Em plena segunda-feira de carnaval as ruas estavam cheias de gente, mas o 'desfile' era menos circo e mais dramatico que o que se passava na capital bahiana ou qualquer outra cidade brasileira no mesmo dia.
Diferentemente da alegria carnavalesca, aqui (onde nao existe carnaval) as pessoas protestavam contra o sequestro e morte de um jovem. Embora houvesse o agravante do ato ter sido cometico contra um judeu (e portanto, a discriminação), é nitida a diferença para o Brasil, onde os sequestros e os assassinatos são banais: enquanto meus conterrâneos toleram bem a violência e vão se divertir, os franceses estão indignados e não a aceitam!

24 février, 2006

Crônicas do Wilson

Dia desses, procurando coisa interessante para ler, achei umas crônicas do Wilson Liberato, que podem ser lidas aqui.
Esse tal de Wilson Liberato foi meu professor de inglês no Anglo Tamandaré em 1994. O cara é um formiguense (conterrâneo de amigos meus como o Efrem e o Clovis), que posso classificar como um mineiro bem evoluido (não me perguntem o que seria isso :-)). Foi, acho, o mais criativo e espirituoso professor que tive.
Ainda não terminei de ler suas crônicas, mas sempre que posso passo por la pra dar umas boas risadas!

imoralidade

Falei ha uma semana (aqui) sobre a série de artigos que o Calligaris esta publicando na Folha de SP às quintas-feiras sobre a moral. Pois no artigo desta semana "A vergonha de ser pobre" ele trata da 'vergonha radical', ou excludente: a vergonha de quem somos; ao contrario da vergonha pontual, que é a de algo que fizemos, e que não nos excluiu da sociedade.
Neste quarto artigo da série ele explica como a humilhante e excludente 'vergonha de ser pobre' imposta pela 'elite' brasileira leva a termos esta 'coletividade animalesca', com tal grau de violência no pais.
Se alguém se interessar pelo artigo A vergonha de ser pobre, pode pedir que envio por email.

sequestro à brasileira

A França esta revoltada com um sequestro que aconteceu recentemente aqui: uma quadrilha sequestrou um jovem e exigia resgate; como a familia era pobre, o cara foi espancado até a morte, três semanas depois.
A diferença para os sequestros corriqueiros no Brasil é que quase todos os marginais da quadrilha ja estão presos e a sociedade, indiguinada, tem protestando veementemente.

Toujours l'hiver!

Il est toujours hiver, et le froid continue ici! Je montre ensuite des photos que j'ai prises la semaine dernière au centre de Paris. Ce jour ci, les brésiliens sont dejà fatigués de la chaleur, donc, ces photos sont pour eux. Mais moi et Petra attendons que le chaleur reste là bas jusqu'à avril pour nos vacances :)

La Mairie de Paris avec ses jouets publiques, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Patinant sur la glace à Paris, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Glisser devant la Mairie de Paris, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


et encore: le patinage en hiver, Paris, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Bâtiments gouvernamentaux sur l'Ile de la Cité, Paris, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Pont au Change, pour aller à l'Ile de la Cité, Paris, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Pont Notre Dame, Paris, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Châteaux, Paris, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


La rive droite, Paris, 14/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com

20 février, 2006

Frutas no Brasil

Frutas!
Minha grande saudade das coisas materiais do Brasil são as frutas (e a Adi ainda perguntou disso ontem...). Embora existam outras frutas e até algumas brasileiras no mercado aqui, elas não grandes coisas.
Algumas brasileiras, como mamão, manga, goiaba (tudo assim, no singular, porque so existe um tipo de cada) são tão ruins que não me animo a comprar.
Outras, vêm de paises africanos ou caribe, como abacaxi e banana. Os abacaxis são bonitos, mas são horriveis, puro acido! As bananas me salvam: so tem banana Caturra (ou Nanica), mas são boas.
Para melhorar (ou piorar) um pouco, temos um belo livro sobre frutas brasileiras com o titulo de 'Frutas no Brasil' que adoramos mostrar para as visitas. O livro não tem todas as frutas do meu pais, e apenas uma de cada tipo (ou familia), mas é muito bonito e da pra ter uma idéia do paraiso :)
Vi agora que as fotos deste livro estão disponibilizadas aqui, juntamente com outra pagina interessante do Projeto Frutas. Ambas fazem parte da Escola do Futuro da USP, que também é um endereço com bom conteudo.

dominio publico

Acabo de receber do Ricardo Gimenes o link do site Dominio Publico: http://www.dominiopublico.gov.br/.
O Dominio Publico é um site do governo brasileiro que disponibiliza obras (brasileiras) classificadas como de dominio publico. Estão la, por exemplo, os contos de Machado de Assis. Aproveito para disponibilizar o endereço na seção LINKS a direita nessa pagina.

16 février, 2006

moralidade

O C. Calligaris tem tratado nas suas ultimas colunas de quinta-feira na Folha de SP sobre o funcionamento de reguladores morais das sociedades para tentar explicar o déficit moral existente no caso brasileiro.
No primeiro artigo "Culpa e Vergonha", ele explica o funcionamento da culpa e da vergonha como reguladores de comportamentos e mostra como a vergonha se torna mais eficiente.
No segundo artigo "Dois tipos de Vergonha", ele trata da vergonha e mostra sua evoluçao ao longo do tempo: como mudam os conceitos de vergonha em funçao da variaçao dos costumes (embora uma vergonha seja imutavel: a de nao viver as paixoes e desejos sexuais).
No terceiro artigo "Privilegiados sem-vergonha" (hoje), ele trata da 'vergonha de ser pobre', ou da 'elite' brasileira e os costumes enraizados que sustentam o déficit moral brasileiro.

'cutuque'

Mais do mesmo: dona zelite!
Walter Salles assina o artigo 'Os Idiotas' na Folha de SP de 9/2/2006 (aqui para assinantes) que trata da nossa dona zelite e responde porque o cinema brasileiro tem grande dificuldade de retratar a 'elite' nacional.
O texto é muito bom e me atiça a copiar a seguir para quem nao tem acesso ao jornal.

"
Os Idiotas

WALTER SALLES

Praia de Lopes Mendes, Ilha Grande, domingo de manhã. Como é uma área de proteção ambiental, não há carros. Chega-se até ali caminhando por uma longa e bem-preservada trilha através da mata atlântica ou pelo mar, de barco.


Por que o cinema brasileiro fala tão pouco de suas elites? Porque não é fácil falar de classes dominantes tão caricatas

Por causa das férias escolares, há muitas crianças na areia. De repente, o cenário se transforma numa cena de "Apocalypse Now", de Francis Ford Coppola. Um helicóptero dá um rasante na praia. Depois chega outro, e logo mais um terceiro. Ferindo a lei, pousam ao lado da areia, perto de uma pequena igreja construída pelos pescadores da região -uma das únicas edificações da praia.
Os passageiros saltam. Você já os viu naquelas revistas que glorificam "celebridades". Caminham pela praia, dão um rápido mergulho, mas não ficam. Logo partem para atazanar uma outra freguesia, não sem antes darem novos rasantes na praia. O negócio não é desaparecer na geografia de um lugar. O negócio é ser visto.
Não interessam as tradições do local. Interessa, ao contrário, trazer consigo o mundo em que essas pessoas vivem. É um pouco como George Bush, da primeira vez que foi a Roma, já na Presidência do país mais poderoso do mundo. Levou toda sua comitiva para comer no McDonald's. Em Roma, como os americanos.
Ir à praia de helicóptero, no Brasil de hoje, não é uma exclusividade do litoral fluminense. Em Trancoso, na Bahia, um helicóptero pousou na semana retrasada em plena praia do Espelho, lançando areia sobre os banhistas que lá estavam. Saudável reação: foi apedrejado. Até na distante Barra Grande, península de Maraú, Bahia, helicópteros também começaram a pousar em área pública -as praias- pela primeira vez.
Num país em que o próprio presidente fala de leis que "pegam ou não pegam", pousar de helicóptero em locais proibidos pela lei pegou. Não é à toa, aliás, que helicópteros são expostos na Daslu, ao lado de calcinhas subfaturadas. Estão na moda.
Há algo de sintomático nisso. Em primeiro lugar, a já cansativa confusão entre o público e o privado, que, no Brasil, a cada ano se acentua. Hoje, o que é privado é defendido a unhas e dentes, atrás de vidros blindados, em ruas com cancelas e seguranças. O que é público é constantemente conspurcado. Não importa se uma praia é área de proteção ambiental. Pousa-se ali porque se quer e (não) se pode.
Sintomática, também, é a ausência de fiscalização por parte das autoridades competentes. Retrato de um país em que alguém vai preso por roubar um alicate em um supermercado, mas um ex-governador de São Paulo com centenas de milhões de dólares em contas-fantasmas no exterior está solto, comendo pastel em Campos do Jordão.
Houve um tempo em que se falava do Brasil como a Belíndia. De um lado, a Bélgica; do outro, a Índia. A Índia continua aí, a cada esquina. Ou, talvez, não mais, já que aquele país tem crescido a taxas duas vezes maiores do que as nossas. Investe pesadamente em educação, o que não fazemos. Por outro lado, também não faz mais sentido falar de Bélgica, cuja elite é certamente mais responsável do que a nossa. Na falta da Belíndia, talvez seja o caso de se falar hoje de Bahriti. De um lado, o Bahrein -com toda a sua exibição de riqueza. Do outro, o Haiti. Convenientemente, as nossas forças armadas já estão por lá.
Um economista do MIT, Lester Thurow, sustenta a tese de que "o que falta na América Latina é elite. O que existe é oligarquia. As oligarquias desfrutam ou herdam o poder, mas não entendem as responsabilidades públicas inerentes a ele". Ou seja: querem os privilégios, mas não os ônus. Querem a gravata da Gucci, mas não os impostos de importação, que se convertem em saúde, educação etc. Depois, reclamam da falta de segurança, da inoperância dos governos, apadrinham uma creche para apaziguar a consciência e, ato final, compram um helicóptero para sobrevoar os nossos Haitis.
São Paulo já é a segunda cidade com o maior número de helicópteros em operação no mundo, perdendo apenas para Tóquio, no Japão. Em parte, essa estatística se deve ao transito caótico das duas cidades, à extensão geográfica que ocupam, à falta de planejamento urbano. Presume-se, também, que muitos desses aparelhos sejam utilizados de forma correta -o que não elimina o problema criado pelos usuários que não agem dessa maneira.
Para finalizar: muitas vezes me perguntam por que o cinema brasileiro fala tão pouco de suas elites. A resposta é simples: porque não é fácil falar de classes dominantes tão caricatas. Pena que Buñuel não esteja mais entre nós. Nem Tomas Gutierrez Alea, cujo olhar cáustico também teria dado conta do recado. Sobra Lars von Trier, que fez um filme sobre um bando de pessoas que fazem de tudo para chamar a atenção. Chama-se "Os Idiotas".


Walter Salles, 49, é cineasta, diretor, entre outros filmes, de "Central do Brasil" e "Diários de Motocicleta".
"

12 février, 2006

carta do Calligaris às elites muçulmanas

Ainda na Folha de SP de hoje, um artigo do C. Calligaris sobre os conflitos muçulmanos.
Como de costume, o Calligaris apresenta sua critica de forma sutil, diplomatica e contundente. Aqui ele aponta a falência da cultura islã e chama os lideres muçulmanos a tomarem atitudes coerentes e conseqüentes, para que não sejam, mais tarde, culpados pelo desastre de seu povo.
Os assinantes podem ler aqui o artigo. Para os outros, copio a seguir o texto.

"
Carta aberta às elites religiosas muçulmanas
CONTARDO CALLIGARIS

COLUNISTA DA FOLHA

Caros amigos,
há, entre nós, grandes diferenças culturais, ou seja, não temos os mesmos hábitos da mente e do corpo. Além disso, entre o islã e, digamos assim, o Ocidente, há uma longa história de desconfianças e guerras. Mas a virulência atual do conflito pede novos esforços para saber o que acontece.
Nestes dias, a imprensa propôs fotografias de manifestantes assediando embaixadas ocidentais no mundo islâmico. Curioso, em muitas delas, à primeira vista, não dá para entender se os manifestantes estão atacando as embaixadas ou tentando entrar para pedir asilo. Claro, o equívoco é meu, mas ele tem suas razões de ser.
Entre aqueles manifestantes, quantos já planejaram emigrar para um país europeu? Na hora em que as massas se reuniam para saquear e queimar, quantos muçulmanos estavam se aventurando pelo estreito de Gibraltar, num barco mal aparelhado, na esperança de alcançar a Espanha? Quantos circulavam pelos Bálcãs, escondidos num caminhão, para chegar a Londres?
Não digam que são traidores, vendidos ao sonho ocidental. Se os milhões de imigrantes muçulmanos que vivem na Europa fossem "vendidos", eles estariam, hoje, solidamente integrados à população européia. Acontece o contrário, e não é apenas pela resistência das nações ocidentais. O fato é que o êxodo de populações muçulmanas à Europa inaugurou uma nova forma de emigração, especialmente trágica. Explico.
Qualquer emigração é um movimento de idealização e de amor. Mesmo que procure apenas melhorias financeiras, o emigrante deposita seus sonhos no país que o hospedará. Ora, há uma tragédia que dura há décadas: a dolorosa divisão, na alma do emigrante muçulmano, entre a esperança que deposita no país para onde se muda e seu ódio mandado pela nova vida com a qual ele sonha.
Mohammed Atta, um dos pilotos do 11 de Setembro, passou a noite do dia 10 numa boate, bebendo e festejando. Estranho modo de se preparar para o sacrifício de sua vida, não? Talvez, espatifando-se contra o World Trade Center, o que ele queria não fosse tanto matar milhares de americanos quanto, suprimindo-se, acabar de vez com sua intolerável contradição interna.
O conflito, caros amigos, talvez não seja entre islã e Ocidente. Talvez seja um conflito exasperado dentro da alma islâmica, entre a sedução do Ocidente e a fidelidade à cultura e à religião ancestral. Esse conflito não será resolvido por guerras ou terrores, nem por protestos nem por tratados. Ele só pode ser resolvido por vocês. Há momentos em que as elites culturais e religiosas podem decidir o destino de seus povos. Espero que não seja tarde, espero que a voz que chama do minarete ainda possa sarar o conflito da subjetividade muçulmana hodierna.
Tomemos o caso dos medíocres desenhos publicados por um jornal dinamarquês. Alguns deles (os demais são inócuos, como vocês sabem) são charges contra o Maomé dos homens-bomba, o Maomé invocado pelo apóstolos do terror. Ora, sou cristão, criado na religião católica. Qual seria minha reação diante de charges em que Cristo apareceria liderando o extermínio dos albigenses, ou, vestido de inquisidor, torturando apóstatas e colocando fogo na pira de Giordano Bruno? Como reagiria ao ver Cristo, nos paramentos do papa romano, vendendo indulgências plenárias ou, sapeca, furando camisinhas numa sauna gay? Ou, então, engravatado como um pastor, exigindo o dízimo dos pobres? Uma coisa me parece certa: não me indignaria com quem desenhou as charges, mas com aqueles que se escondem atrás de Cristo para praticar seu sectarismo, sua ganância, sua sede de poder ou sua estupidez.
Para dormir tranqüilo, não me bastaria mandar uma carta de desculpas às viúvas cátaras e aos amigos de Giordano Bruno. Para dormir tranqüilo, precisaria denunciar os falsários que se servem de Cristo para justificar sua iniqüidade. Hoje, no cristianismo, esse gesto é fácil. Um cardeal poderia conclamar que o papa é um apóstata; no máximo, seria excomungado por uma igreja cuja autoridade, de qualquer forma, ele não reconhece mais.
Mas houve uma época em que os homens religiosos da Reforma arriscaram sua vida para produzir um cisma que era imposto por suas consciências.
Ora, o terror se espalha, e ouço só palavras constrangidas e formais. Onde estão os imames que tenham a coragem de jogar um anátema contra o ódio e o terror? Quando, caros amigos, aparecerão seus Luteros? No lugar onde eles são esperados, aparecem imames decretando a morte de escritores laicos, ou, por que não, de chargistas dinamarqueses.
Não é por acaso que a modalidade do terror islâmico, hoje, é o atentado suicida. Não é uma ironia da história que os mortos destes dias se contem entre os manifestantes muçulmanos. Pois uma contradição interna, atiçada até a um paroxismo insolúvel, só se resolve no gesto extremo de quem, para silenciar seu conflito, acaba com sua própria vida.
Se vocês se calarem hoje, se não defenderem o Maomé no qual vocês acreditam contra os que o aviltam invocando-o em seu ódio do Ocidente, se vocês não tiverem a coragem de apaziguar a alma islâmica, a história contará que vocês levaram seu povo ao suicídio.
"

petite escapade en Normandie

Hier, nous sommes partis pour connaître un peu la Normandie. Malgré les températures de 0°c, nous avons pu prendre quelques photos que nous vos montrons.

Centre d'un village en Normandie, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


église d'un village en Normandie, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Une des façades de la cathédrale de Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Bâtiment en pierre à Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Une autre des façades de la cathédrale de Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Le style Normand de Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Trottoir piétonnier à Rouen avec la cathédrale au fond, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Entrée d'un beau salon de thé, Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Petra devant la vitrine d'un salon de thé à Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Petra et les gâteaux de saint Valentin, Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Bâtiments en bois en Normandie, Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Vitrine de magasin à Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Maisons normandes à Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


Marché à Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com


école de beaux-arts de Rouen, 11/2/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com

notre Pão de Queijo franco-brésilien

Aprés un année, il faut que je montre nos "pães de queijo" franco-brésiliens.
Ils sont faits avec du polvilho brésilien, du fromage français, et bien sur, la connaissance du savoir-faire mineiro, uai!
Pour la fierté de D. Geralda: sa recette et son fils.
Voilà le résultat:

Nos Pães de Queijo, 30/1/2006
Copyright alissonjunqueira@hotmail.com

terror islâmico

Apos varios dias de violências, terrorismo e coisas que tais praticados pelos islâmicos em 'resposta' às charges criticando este terrorismo recorrente, começam a aparecer observações relacionadas a esta violência descabida.
Em editorial de hoje com o titulo "Culto ao Terror", a Folha de SP critica levemente os muçulmanos.
Eu, na falta de melhor diplomacia, tenho que apontar que este terror islâmico é induzido e mantido pelas suas lideranças religiosas. Em uma cultura totalmente centrada na religião, onde os lideres manipulam até a vida dos seguidores em prol da sua causa, esta bagunça que estamos vendo é sim conduzida pelos lideres islâmicos!
Com tudo o que esta acontecendo, os judeus devem estar sorrindo, porque eles devem sair no lucro: A 'simpatia' ocidental aos muçulmanos que sofrem a violência israelense começa a ser repensada. Começa-se a ver que a violência praticada pelo estado de Israel não é de todo gratuita.
Os protestos violentos atuais servem ainda para realimentar a percepção popular da ligação dos religiosos islâmicos com o terrorismo.

07 février, 2006

charges terroristas

As discussões sobre liberdade de imprensa estão para todos os lados aqui na Europa e na França, atiçadas pelas revoltas islâmicas contra as charges do maomé-terrorista publicadas em jornais europeus.
O assunto é delicado porque não existem limites claros entre liberdade de expressão e ofensas ou racismos.
O Luiz Weis aborda a coisa dizendo que houve sim ofensa ao povo muçulmano, em sua coluna no Observatorio da Imprensa que pode ser acessada por aqui. Ele alega que, colocando uma bomba na cabeça do Maomé, estar-se-ia dizendo que todos os seus seguidores sejam terroristas.
Eu, embora tenha dificuldade de enxergar o racismo ou ofensa da charge (do contrario teria que fazer o mesmo em quase todas as charges que vejo!), penso que faltou tato da imprensa europeia para questão, dado o momento atual da 'onda anti-islã', que é consequência dos atos terroristas relacionados aos seguidores fundamentalistas dessa religião.

Mas uma coisa que me incomoda são as consequências violentas. Sera que os muçulmanos não sabem protestar de forma não violenta?
Protestos com destruições e até mortes têm acontecido em varios paises. Esta dificil ver opniões e ações de lideranças islâmicas no sentido contrario, com protestos razoaveis e pacificos.
Sim, sei que existem pessoas de todos os tipos em qualquer lugar (como a D. Geralda sempre disse...), e, portanto, no islã não seria diferente. Sei também que a imprensa (e seus consumidores) gostam de mostrar (e ver) coisas bizarras. Apesar disso, vejo o estigma da barbarie associado aos muçulmanos ser realimentado a cada dia.

01 février, 2006

Meatrix II

Continuando o artigo anterior...
Os ativistas do lobby do qual o Matrix faz parte nao querem a produçao de alimentos industrial (fazendas industriais, agropecuaria em grande escala). Entao preciso perguntar:
Sem isso, como pretendem alimentar todas as pessoas? Eles esquecem que nosso planeta é muito mais que a rica Europa, que muitas pessoas passam fome. é muito facil para quem é rico dizer que as fazendas industriais devem ser extintas, porque eles podem pagar por alimentos do 'terroir', produzidos artesanalmente (e os que desejam ja o fazem!).
Obviamente os ricos que podem pagar por um produto 'organico', 'bio' ou com a qualidade desejada, ja o fazem e a produçao industrial em nada atrapalha, do contrario, ajuda a segurar os preços em baixo.

No séc XVI, o rei frances Henri IV era considerado um lunatico porque desejava que todos os franceses pudessem comer frango no domingo... hoje eles sao os maiores consumidores de caviar (até a extinçao breve, claro), que chega a custar uns €70mil/kilo (na França).
Nossos conterraneos brasileiros, salvo os indigentes, podem comer carne de BOI pelomenos uma vez por semana, hoje. Como se deu esse milagre?
Alguém muito tempo atras previa que a Terra nao suportaria o crescimento da populaçao por mais algumas décadas... e estamos bem vivos, hoje, varios séculos depois. Como foi possivel?
Claro, agricultura ‘industrial’ mesmo. O mesmo vale para a produçao de carnes, ovos, laticinios...

Embora a produçao ‘industrial’ de alimentos tenha desvantagens (como poluiçao, uso de agrotoxicos, etc, como eles alardeiam), tem também as vantagens, e a principal delas é Terra conseguir sustentar bilhões de pessoas.

Os Ministros Roberto Rodrigues e Celso Amorim nao gostariam nada de ver essas coisas. O Brasil tem trabalhado duro para derrubar as aberrantes barreiras dos paises ricos contra a agropecuaria brasileira, e esse Meatrix vai justamente no sentido contrario.
Sabidamente, o dinheiro e o poder que sustentam a ineficiente agropecuaria europeia sao muito grandes (do tamanho das respectivas barreiras comerciais).

O Meatrix visa banir a industria alimenticia para acabar com as consequencias nao desejaveis.
A soluçao razoavel (e que tem sido utilizada) é atuar para melhorar, limitar e minimizar os efeitos ruins, como varios pesticidas que ja foram banidos.

Claramente o Meatrix e seu ativismo nao é outra coisa que um dos instrumentos de sustentaçao dos absurdos da politica agricola europeia, tudo patrocinado pelos bilhoes de euros de subsidios anuais que seus produtores recebem.

Meatrix

Ontem recebi email de uma amiga (Bete) com o link de um filme de internet que chama The Meatrix (quem se interessar pode ver, com traduçao, clicando aqui).
O nome ja faz alusao ao filme Matrix e a meat (carne). O Meatrix em si é contra "fazendas de produçao industrial" de carnes e parece que tem feito muito sucesso na internet.
No final, o filme chama para a pagina de um movimento que se auto proclama em defesa da "... segurança alimentar, justiça econômica, direitos dos trabalhadores e dos animais..." e coisas que tais.

A arte grafica do filme nao é ruim, a pagina web é grande e tem traduçoes para diversas linguas, o que vai no sentido proclamado de criar um ativismo mundial para a causa defendida.

Eu respondi o email recebido com comentarios que exponho a seguir:

Interessante ver a sofisticaçao dos lobbys em defesa das barreiras comerciais absurdas dos paises ricos na area alimenticia. Revestidos de aparentes 'boas causas', o movimento nao é outra coisa que lobby a favor dos fazendeiros europeus.
Ativistas contra fazendas industriais, o movimento expõe, entretanto claramente, seus objetivos radicais contra a modernizaçao da politica agricola europeia, e com isso, contra os paises do terceiro mundo, como pode ser visto aqui.
Se alguém desconhece, a analise das barreiras europeias contra os produtos dos paises pobres foi feita, entre outros, pelo PNUD da ONU, como mostrado no seu relatorio de 2005 e comentado por mim neste artigo.

Os maiores beneficiarios desse ativismo? A França (o maior beneficiario do protecionismo europeu).
Os mairoes prejudicados? O Brasil (o maior produtor/exportador de produtos alimenticios do terceiro mundo).

Ou seja, meus conterrâneos precisam ter cuidado ao se engajarem em ativismos do tipo!